O Gerenciamento de Riscos Corporativos é importante para o sucesso em qualquer empresa. Inclusive este sempre é realizado, mesmo que inconscientemente, sem técnicas ou métodos.
Um processo de gestão de riscos bem documentado que utiliza de ferramentas e métodos de forma sistemática pode aumentar a eficiência da empresa, melhorando os seus resultados.
Neste artigo trazemos 6 Etapas para realizar um bom Plano de Gerenciamento de Riscos em sua empresa! Continue lendo para ver mais.
As 6 Etapas para o Gerenciamento de Riscos Corporativos
A Gestão de Riscos busca controlar os riscos para obter um equilíbrio entre os resultados e ganhos que a empresa é capaz de obter, enquanto minimiza as perdas derivadas de riscos envolvidos.
O Risco é uma situação de incerteza, que como consequência pode expor a organização a perigos e perdas. Por este motivo é importante desenvolver as ferramentas, métodos e cultura adequados para implementar e rodar um bom gerenciamento de riscos.
Estes são os 6 passos para a gestão de riscos eficiente:
Seguindo essas 6 etapas você conseguirá desenvolver o seu próprio plano de gerenciamento de riscos corporativos. Alinhado a uma boa liderança e acompanhamento você conseguirá alavancar os resultados da sua empresa.
Etapa 1 – Planejamento
O primeiro passo é definir como o gerenciamento de riscos corporativos será feito. Isso abrange qual metodologia será utilizada, as ferramentas disponíveis e como será executado.
Esta etapa deve ser sempre revisada e atualizada, corrigindo eventuais dificuldades identificadas durante a execução da gestão de riscos.
Etapa 2 – Identificação do Risco:
É o momento de pensar quais riscos podem afetar sua empresa. Para tanto é necessário avaliar todos os aspectos que envolvam incertezas.
Nesta etapa é muito importante que seja feita uma análise de dados históricos tornando possível a identificação de riscos causaram impactos na empresa.
Além disso, devem ser estabelecidas premissas em relação à contexto atual da empresa e quais são os riscos a ela relacionados. Essa gestão de riscos muda se a empresa está em uma fase de amadurecimento, crescimento, expansão ou consolidação.
Algumas ferramentas que aqui podem ser utilizadas são: entrevistas, brainstorming, técnica Delphi, análise de causa-raiz e análise SWOT.
Etapa 3 – Análise Qualitativa:
Nesta etapa do gerenciamento de riscos corporativos você deve analisar de forma qualitativa os riscos. Busque avaliar quais são seus efeitos sobre o projeto e classificando quais são os mais prioritários.
É aconselhável que esta etapa seja feita em grupo, na qual os participantes deverão analisar os riscos identificados no que tange a sua probabilidade de ocorrência e o seu impacto nos resultados do projeto, o que normalmente é feito seguindo a escala categórica ordinal: muito alto (0,9), alto (0,7), médio (0,5), baixo (0,3), muito baixo (0,1).
Definido o modelo de risco, deve-se avaliar quais são seus efeitos sobre a empresa e classificar quais são os mais prioritários e merecem maior atenção.
É aconselhável que esta etapa seja feita em grupo. Os participantes deverão analisar os riscos identificados no que tange a sua probabilidade de ocorrência e o seu impacto nos resultados do projeto. Pode-se utilizar uma escala categórica ordinal: muito alto (-90%), alto (-70%), médio (-50%), baixo (-30%), muito baixo (-10%).
Etapa 4 – Análise Quantitativa:
Deve-se trabalhar os dados existentes e para investigar a probabilidade dos riscos e estimação de suas consequências para a empresa.
À medida que se mapeiam todos os potenciais riscos, a primeira coisa a se fazer é priorizá-los. Nem todo risco identificado deve ser mitigado, controlado ou extinto. Mas, como realizar a priorização dos riscos mais importantes?
A importância do risco é determinada por duas variáveis: probabilidade e impacto.
Probabilidade:
Para cada risco, há uma chance ou Probabilidade de que se ocorra um evento ou alguns eventos e ele se materialize.
Portanto, para determinar a probabilidade de ocorrência desse risco, pode-se seguir uma linha estatística – em que há uma base de dados para calcular a probabilidade de evento. Ou então optar pela análise Qualitativa, que foi apresentada acima.
Impacto:
Para cada evento existe uma dimensão do Impacto causado pela sua ocorrência. Este deve ser mensurado com base em estimativas e análises de dados históricos. Quando não se pode contar com números deve-se voltar à análise qualitativa.
Esta também, por faixas de referência associadas a um percentual, assim como na definição de probabilidade.
Indicador de Criticidade de Risco
A multiplicação dos números absolutos de probabilidade e impacto fornecerá um indicador de criticidade do risco. Quanto maior o indicador, mais crítico é o risco.
Outras ferramentas que podem ser usadas:
- Árvore de Decisões: São definidas as alternativas para determinado problema, bem como quais são suas consequências. São então atribuídas as probabilidades de ocorrência de cada impacto para que se calcule o resultado de cada opção de decisão.
- Simulador de Monte Carlo: Utiliza programas de computadores que fazem análises estatísticas para simular a execução do projeto várias vezes. Como resultado você chegará a uma distribuição probabilística dos possíveis resultados alcançados.
Uma vez identificados os riscos da empresa, o próximo passo é trabalhar com o planejamento de atuação.
Etapa 5 – Planejamento de Respostas:
É nesta parte do plano de gerenciamento de riscos corporativos que são construídas as estratégias de respostas para os riscos e os planos de ações para cada um. As soluções para a atuação sobre os riscos devem ser específicas e factíveis, aproveitando-se das quick wins (ganhos rápidos).
Os planos de resposta são bem individuais para as realidades de cada empresa. Mas para documentar os Planos de Ação deve-se utilizar alguma metodologia que torne tangível e facilite sua execução, como a 5W2H.
Finalmente, é necessário ter controle sobre a execução dos planos e monitoramento da performance dos riscos.
Etapa 6 – Monitoramento:
Determinadas as ações com seus respectivos planejamentos e a priorização, é necessário ter um controle sobre a execução e um monitoramento de todos os riscos.
Para isso, poderá ser feita a inclusão de controles em sistemas, criação de relatórios, confecção de políticas e procedimentos, implantação de mecanismos de monitoramento e controle, até o estabelecimento de uma área de gestão de riscos e instrumentos de governança.
O que não é medido não pode ser gerenciado.
É muito importante a definição de Indicadores de Desempenho (KPIs) na etapa de monitoração. Se definidos de maneira assertiva podem te dar as informações certas para a tomada de decisão, que diminui ou elimina o impacto dos riscos na sua empresa.
Os Resultados Esperados
Após a implementação dos passos acima citados e o acompanhamento periódico por meio deste sistema sua empresa começará a colher os resultados da gestão de riscos empresarial. Esses resultados são obtidos ao longo do tempo e no longo prazo.
Suas equipes de trabalho poderão atuar com maior segurança, em um ambiente onde as incertezas estão sendo observadas e seus impactos mitigados. Isso possibilita que eles arrisquem mais, com maior controle, e consequentemente obtenham resultados melhores em seus projetos e ações.
Quando falamos do ambiente macro o gerenciamento de risco pode ser ainda mais importante. É possível que sua empresa se previna de uma crise externa se observar os indicadores certos, como por exemplo uma variação no preço do dólar, ou uma mudança no cenário de mercado de trabalho.
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Texto Adaptado de: Gustavo Lara Ferreira – Ex-presidente UCJ.
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