Em meio a tantos desafios desencadeados pela pandemia do Covid-19, o mundo dos investimentos é um daqueles que ainda permanecem volúveis, principalmente quando se fala dos cenários de curto e médio prazo.
Mesmo com essa incerteza no mercado econômico, uma luz se acendeu ali no fim do túnel: o início do ciclo de alta da Selic. E isso é o que o investidor precisa para ter esperança no mundo dos investimentos.
Por ser um cenário que está voltando a aquecer, algumas dúvidas deverão aparecer. Uma delas é: onde investir?
Nesse momento, a expectativa é que a economia inicie seu ciclo de recuperação, há também uma expectativa que o PIB cresça até o final do ano. Com isso, conhecer alternativas de investimentos é o primeiro passo para encontrar as melhores opções desse segundo semestre de 2021. Afinal, é através dessas alternativas que os investidores se informam sobre as possibilidades e conseguem montar uma carteira alinhada às suas necessidades.
Por isso, não deixe de conferir esse post que daremos informações importantes sobre as melhores opções de investimentos. Boa leitura!
Uma rápida retrospectiva econômica
Antes de falarmos sobre as melhores opções de investimento, é importante entendermos o que está ocorrendo no país e no mundo, já que são fatores que afetam não somente o mundo dos investimentos, mas também a economia de modo geral.
No primeiro trimestre de 2020, a expectativa era de aumento do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro com a agenda positiva de reformas, principalmente após a Reforma da Previdência, que cortou bilhões em despesas dos cofres públicos.
No mesmo período, a taxa básica de juros, a Selic, vinha em uma redução gradativa e constante, impulsionando o consumo das famílias e viabilizando o crédito a juros baixos.
Esperava-se para inflação que os preços se mantivessem na meta estabelecida pelo Banco Central, em torno dos 4% e o dólar na faixa dos R $4,00.
Ao final desse mesmo trimestre, estourou a bomba do Covid-19 e um inédito bloqueio total foi estabelecido. O lockdown paralisou a circulação de pessoas e também o comércio.
Com isso, ocorreu o aumento de muitos produtos e também serviços que até hoje continuam em alta.
Diante disso, houve a injeção inédita de diversos recursos com o objetivo de amenizar os efeitos do lockdown. Esses recursos foram coordenados pelo Banco Central e liberados a partir de abril até meados de julho.
Acontecia também nessa época fora do país, a derrubada global dos juros. Nos EUA, por exemplo, os juros foram reduzidos praticamente a zero.
Foi um ano tenso e de muitas incertezas para as famílias, comércios, turismo e ainda beirando uma crise na saúde pública.
Ainda em 2020 tivemos a inédita Taxa Selic de 2% ao ano e vigorou entre 6/8/2020 a 17/03/2021.
Gradualmente e em passos lentos com a chegada de 2021, novas expectativas foram surgindo.
No seu primeiro semestre diversos fatores marcaram a pauta macroeconômica. O auxílio emergencial, que era algo inesperado mas que contribuiu com a melhora de alguns indicadores econômicos. E a prorrogação dele foi fator que também contribuiu para a recuperação da economia.
A produção industrial e as vendas no varejo apresentaram números mais fortes que o esperado, contribuindo assim com o crescimento do PIB.
Outro fator positivo foi a alta arrecadação do governo, uma balança comercial de R$ 53 bilhões e entrada de capital na bolsa de valores, por causa da depreciação do real frente ao dólar.
Porém, como nem tudo são flores, ainda lidamos com continuidade na pressão dos preços da indústria. No setor automotivo, por exemplo, a falta de peças afetou as cadeias produtivas. Além disso, na construção civil houve descontinuidade de preços, não somente nesse setor mas, em setores ligados ao dólar.
A inflação também trouxe surpresas negativas e espantosas: o aumento dos preços de botijão de gás, aumentos constantes da gasolina, da cesta básica comprovando que a pandemia ainda pesa no bolso dos brasileiros.
Com a inflação bem superior ao esperado, pressionou os juros de curto prazo, que aceleraram altas, com a Selic no patamar de 4,25% houve um sentimento de insegurança, sobre possíveis desestímulos na economia para conter a inflação.
Na curva de juros de longo prazo – que indica o nível de incertezas para o futuro – já era perceptível essa tendência de aumento nos juros saltando de 6,4% para 8,6%.
Como pode-se ver, ainda estamos em um cenário de muitas incertezas, mas que gradualmente a economia está sendo retomada e essa é a hora perfeita para começar a conhecer as melhores opções de investimentos.
Por que pode ser uma boa ideia investir em 2021?
A pandemia nos reafirmou que segurança e estabilidade financeira são extremamente importantes para a grande maioria das pessoas.
Com a recuperação econômica pós-vacina e a retomada ainda seja incipiente e muito desigual entre os diferentes setores, já que alguns dos serviços continuam abalados pelas medidas de distanciamento social e restrições, e o desemprego segue elevado, é importante se preparar para essa nova etapa do cenário do país, principalmente se você deseja investir.
As possibilidades trazidas pelo universo dos investimentos são inúmeras e as decisões de optar por elas dependem do perfil do investidor e dos objetivos de cada um.
Vale ressaltar que antes de tudo é importante identificar o seu perfil. Realizando o teste de perfil é possível tomar decisões mais assertivas e em acordo com seus objetivos.
Sendo assim, investir possibilita vários benefícios, desde que as decisões sejam de acordo com seu perfil. São elas:
- Impulsionar a independência financeira;
- Multiplicar o patrimônio;
- Amparar a aposentadoria;
- Proporcionar ganhos acelerados em menos tempo;
- Concretizar sonhos de curto, médio e longo prazo, entre outros.
Por isso, investir em 2021 pode ser uma boa ideia. Então vale conhecer as opções que estão disponíveis e avaliar como elas se encaixam em suas demandas pessoais. Vamos lá?
4 melhores opções de investimentos
- Renda Fixa
A renda fixa é uma classe de investimentos que privilegia a previsibilidade. Para essa categoria de investimento é comum que os investidores conheçam a maior parte de suas condições antes de aplicar seu dinheiro. É comparada a poupança devido a sua segurança, podendo até superá-la.
Ao investir em renda fixa, na maioria das vezes, o investidor poderá conhecer a rentabilidade média e o prazo da aplicação.
Segue alguns dos produtos dessa classe de investimento:
- Títulos do Tesouro Direto, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA;
- CDB (Certificado de Depósito Bancário);
- LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio).
- Ações
Ser sócio de empresas sempre é, para muitos, a melhor alternativa de investimento. No entanto, é uma alternativa que exige conhecimento do mercado financeiro, além de contar com riscos, mas não é esse bicho de sete cabeças como muitos pensam.
O maior risco associado às ações são falência da empresa que você investiu. Por isso, é importante conhecer a empresa onde se vai investir. Além disso, seus ativos estão sujeitos a diversos fatores como a volatilidade do mercado, a variação do dólar, crises, entre outros. Assim, o investimento em ações é mais indicado aos investidores de perfis moderados ou arrojados.
Uma dica muito importante para esse investimento é diversificar: comprar ações de empresas diferentes e de segmentos diversos, assim você consegue diluir um pouco o risco desse tipo de investimento e aumentar as chances de bons retornos.
- Fundos imobiliários
Também conhecidos por FIIs, também pode ser uma alternativa para investir em 2021.
Fundos imobiliários são fundos com os quais você pode comprar uma parte de um imóvel a qual é chamada de “cota”.
Trata-se de investimentos mais diretos para quem precisa de renda extra, pois você recebe mensalmente uma parte do aluguel dos imóveis do seu fundo. Quanto maior forem suas cotas, mais significativos serão os pagamentos mensais.
No quesito segurança, essa classe de investimento pode atender tanto aos perfis conservadores quanto aos moderados e arrojados, já que existem opções que atendem tanto aos que priorizam segurança quanto os que buscam por maiores rentabilidades.
- Fundos de investimentos
Os fundos de investimentos são coringas do mercado financeiro.
Quando você investe em um fundo, seu dinheiro passa a ser uma das cotas em uma “conta de investimento”. Ou seja, essa conta pertence a uma empresa administradora que busca as melhores opções para fazer seu dinheiro render, nas regras deste fundo.
Sendo assim, um fundo não é um produto de investimento, mas sim um serviço.
Para aplicar dinheiro nessa modalidade de investimento, o investidor deve adquirir cotas. Quanto mais diversificado for o fundo, maiores são as chances de que os riscos sejam diluídos.
Uma dica é ficar de olho nas taxas cobradas pelos fundos e no fato de que eles não são garantidos pelo FGC.
Considerações
Viu como pode ser fácil investir?! E com essa retomada econômica no país, pode ser o momento perfeito para você iniciar seus investimentos!
O importante é que você diversifique a sua carteira de investimentos para se manter protegido diante das constantes flutuações do mercado financeiro e da economia.