Um dos pontos principais a ser considerado por quem deseja abrir um empreendimento como conseguir o capital inicial. Uma das perguntas mais difíceis de responder é: Qual a melhor fonte de financiamento a se adotar?
Neste artigo você vai encontrar a resposta para essa pergunta. Deve-se considerar diversos aspectos: a quantia necessária, as condições de financiamento e o custo de oportunidade.
Plano de Negócios e Capital Inicial
Antes de qualquer coisa, é importante que o futuro investidor possua um plano de negócios detalhado, indicando quais e com o que serão os seus gastos. Ele possibilitará escolher qual a melhor opção a se seguir, além de ser um instrumento que auxiliará a conquistar a confiança do investidor.
Feito isso, o empreendedor tem alguns caminhos possíveis, que dirão respeito à fonte de onde o recurso será tirado. Uma delas é o próprio bolso.
Auto Financiamento
Muitos indivíduos optam por serem os próprios financiadores da sua empresa, mas isso impõe certas ponderações.
Primeiramente, deve-se considerar de onde sairá esse dinheiro: venda de bens patrimoniais, reservas de investimentos passados etc. Após garantir a disponibilidade do caixa necessário, chegou a hora de entender se o risco a se expor estará alinhado com o que se pretende.
Por fim, deve-se analisar se essa quantia estaria melhor aproveitada com outro tipo de investimento. Compare os ganhos que o capital inicial renderia em outra alternativa de investimento. Assim, caso o rendimento ultrapasse custo, o caixa próprio estará sendo melhor aplicado em outro tipo de investimento.
Financiamento com Terceiros
A segunda fonte de financiar o capital inicial é com o empréstimo de terceiros. Nele, abre-se um grande leque de opções.
É possível os financiamentos informais com pessoas físicas (familiares e amigos), ou recorrendo a instituições financeiras.
Esse primeiro grupo possui uma grande subjetividade, além de parecer muito com o investimento próprio. No entanto, é importante salientar a necessidade de formalização dessa transação, para evitar problemas futuros.
Já no que diz respeito aos empréstimos de bancos e afins, diversas opções devem ser consideradas.
Crédito Consignado e Não Consignado
Inicialmente, têm-se duas direções a se seguir, o crédito consignado e o não-consignado. Crédito consignado são empréstimos diretamente descontados da folha de pagamento, e cuja amortização não deve passar de 72 meses. Já crédito não-consignado são de maior risco, visto que não são automaticamente descontados a cada período.
Os juros pagos pelo primeiro tipo são mais baixos, além de possuir a obrigatoriedade de renda fixa para obtê-lo. Enquanto isso, a segunda opção apresenta maiores taxas, além da necessidade de uma garantia para a instituição financeira – patrimônios ou fiadores.
Para te ajudar a decidir entre capital próprio ou de terceiros, leia: Capital Própio x Capital de Terceiros: Qual a Melhor Opção?
Onde conseguir o Financiamento
Depois de decidir entre capital próprio e de terceiros, deve pensar aonde consegui-lo. As atenções devem estar ligadas às condições de pagamento, aos juros pagos, às exigências de garantia – tudo que influenciará o futuro do negócio .
Uma busca detalhada das diversas alternativas disponíveis deve ser feita, considerando também o longo prazo. Devem ser considerados pelo menos 3 alternativas de bancos ou instituições financeiras especializadas.
Ponderando os prós e contras, e elegendo a instituição desejada, chega-se ao último ponto, a análise junto ao empreendimento. Após feito o estudo de viabilidade e as projeções de caixa, deve-se entender como distribuir custos de financiamento ao longo do tempo.
Deve-se inserir tanto o custo de oportunidade do investimento, quanto a futura estrutura de pagamento de impostos. Isso irá possibilitar decidir qual o caminho mais lucrativo, tendo se atentado para todos os fatores de ganhos e perdas.
Considere não apenas os juros a serem pagos, mas tudo aquilo que poderá vir a afetar o negócio mais à frente. O pensamento a longo prazo e o olhar mais amplo sobre as oportunidades são fatores que irão contribuir fortemente para o sucesso ou fracasso do empreendimento.
E os riscos?
Seguindo os passos deste artigo você ficará mais seguro na hora de escolher o modo de financiamento do seu capital inicial. Lembre-se das diferenças entre crédito consignado, não consignado e auto financiamento. Estas decisões devem ser feitas de maneira cuidadosa.
O Gerenciamento de Riscos é essencial para manter o controle de qualquer investimento, se preparando para todas as adversidades. São 3 passos para executar um bom gerenciamento de riscos.
Leia nosso artigo: 3 Passos para o Gerenciamento de Riscos
Adaptado de Texto escrito por Amanda Oliveira – SempreUCJ, foi Consultora da UFMG Consultoria Jr.
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