Uma empresa é composta por vários setores e pessoas com diferentes estilos de aprendizagem. Cada um deles é responsável por uma demanda e com sua função no processo operacional da organização.
Sendo assim, cada um adere a uma forma de aprender e se desenvolver. Uns saem em busca de aprendizagem através da teoria enquanto outros precisam colocar a mão na massa para absorver com mais facilidade algum aprendizado.
Aprendizado é a capacidade das pessoas de assimilar as informações que as rodeiam através da observação, estudo e experiência. Cada pessoa usa sua capacidade de aprendizado de uma forma. A capacidade de aprendizado não é a mesma em todas as pessoas.
Por isso, é muito importante identificar as maneiras mais eficazes para passar conteúdo aos colaboradores, acelerando a absorção de habilidades e competências e com isso possa alcançar melhores resultados.
Diante dessa situação, uma técnica que pode auxiliar sua empresa é o Ciclo de Aprendizagem de Kolb.
Trata-se de modelo de estilo de aprendizagem criado por David Kolb, que mostra a representação de como as pessoas aprendem atribuindo grande valor ao papel da experiência na aprendizagem.
No post de hoje, falaremos sobre esse modelo de aprendizagem e como ele pode auxiliar a sua empresa.
Boa leitura.
O que são estilos de aprendizagem?
Antes de entrarmos no tema principal desse post, é importante entender de forma mais global do que se trata os estilos de aprendizagem.
Algumas teorias falam que existem perfis de pessoas que respondem melhor a determinados tipos de estímulos do que a outros. A maneira com que uma informação é mostrada ou transmitida pode fazer a diferença na assimilação, ou não do conteúdo apresentado.
Considerando esse cenário, as empresas devem conhecer os estilos de aprendizagem para tornar suas metodologias de treinamento mais eficientes e, assim, atingirem os resultados desejados.
Na vida, as pessoas estão em constante processo de aprendizado – seja na escola, na universidade ou no campo profissional, conhecendo a parte teórica de diversos assuntos e também dominando técnicas, competências, habilidades e saberes da área. Já voltando-se para sociedade, desenvolvendo competências interpessoais e habilidades sociais.
Porém, dependendo do indivíduo, algumas informações são mais fáceis de serem assimiladas, enquanto outras podem se tornar um verdadeiro desafio a ser superado.
Vários estudos apontam que a aprendizagem é um processo único e individual, sendo que cada pessoa tem o seu jeito específico de aprender. Isso pode variar de perfil, faixa etária e até mesmo contexto em que a pessoa está inserida.
Os estilos de aprendizagem são nada mais, nada menos que a maneira que um indivíduo utiliza para poder aprender. Isso porque cada um tem facilidade com um determinado estilo e mais dificuldade de aprender com outros.
Cada pessoa é única no seu modo de aprender!
O Modelo de Kolb
O modelo foi criado pelo teórico de educação americano David A. Kolb – mestre e doutor pela Universidade de Harvard.
Logo no início dos anos 1970, David Kolb desenvolvia seu Inventário de Estilos de Aprendizagem, a fim de detectar como as pessoas gostam de aprender, principalmente no contexto corporativo e de desenvolvimento de carreira.
Esse conceito partiu da ideia de que os adultos possuem diferentes estilos de aprendizagem, influenciados pela maneira com que o indivíduo percebe e processa a realidade.
Nesse modelo, ele descreve que o processo de aprendizagem tem como base um ciclo contínuo de quatro estágios: Experiência Concreta – agir, Observação Reflexiva – refletir, Conceitualização Abstrata – conceitualizar e Experimentação Ativa – aplicar.
Os 4 estágios do Modelo de Kolb
1. Agir
É o momento de realmente entender a experiência. Ela quem irá servir de base para a reflexão. Significa estar verdadeiramente presente nas experiências da vida e saber os fatos e situações pelas quais você passou.
Nesse primeiro estágio, ao acompanhar o conteúdo que está sendo ensinado, o indivíduo absorve novas vivências de forma tangível, executando atividades, experimentando e absorvendo tudo de forma mais emocional do que lógica. A abordagem é muito mais na linha do sentimento do que da teoria e pragmatismo.
Para que possa entender melhor, as pessoas que preferem esse tipo de aprendizagem, utilizam muito mais a intuição do que a lógica, além de gostarem de trabalhar em grupo. Elas também prezam pela opinião dos outros indivíduos, podendo deixar a sua de lado.
2. Refletir
Já nesse segundo estágio, o indivíduo recebeu aquele conteúdo e desenvolveu alguma atividade com base no que foi transmitido. Mas, quais foram suas emoções atreladas a determinadas tarefas? Qual foi o seu comportamento na situação? E a sua relação com os demais treinandos?
Comece a pensar sobre o que se passou. Quais eram seus sentimentos e emoções? Se houve um desentendimento, por que se deu? Sob quais circunstâncias? Como você se comportou e como outros se comportaram?
Aqui, já é possível começar a criar possibilidades de por que algo aconteceu daquela maneira e ampliar seu quadro de entendimento.
Por isso, esses tipos de reflexão são extremamente importantes para pontos de vista e desenvolver possibilidades e razões do porquê algo aconteceu de determinada maneira, ampliando seu quadro de entendimento e aprendizagem.
3. Conceitualizar
Após a etapa de refletir sobre a execução de tarefas e absorção de conteúdo, o indivíduo, estimulado pelo treinador, deve ampliar sua visão e extrapolar o aprendizado em uma lição que possa valer para diferentes situações.
O aprendizado da situação da etapa anterior, pode ser ampliado em um aprendizado ainda maior. Por exemplo, se a experiência foi um ruído comunicacional com um chefe, e você chegou a conclusão de que tem a ver com o jeito que você empregou as palavras, é possível extrapolar o aprendizado em uma a lição que vale para diferentes aspectos. Um deles é a decisão de comunicar-se de maneira mais eficaz no futuro ao entender seu público e adaptar sua mensagem.
Perceba que nessa situação, o aprendizado se estenderá e terá reflexos até mesmo na postura ou escolhas futuras do indivíduo.
4. Aplicar
Esta é a etapa de colocar as teorias e reflexões em prática. De acordo com Kolb, o aprendizado deve ser transferido para experimentações, formulando hipóteses que possam ser aplicadas em diversas situações.
Então: mãos à obra! É o momento de ir influenciando e mudando variáveis em diversas situações. Formule as hipóteses e verifique se elas fazem sentido.
Vale também direcionar o conteúdo para possíveis realidades dos colaboradores, tanto dentro como fora da empresa – como no caso de reuniões com clientes ou prospects, por exemplo.
Como o Modelo de Kolb pode auxiliar sua empresa
O progresso de uma vida profissional é geralmente medido pelos nossos sucessos, não pelos fracassos. Porém, é uma prática bastante perigosa.
Desvalorizar nossos erros é perder um aprendizado extremamente importante para nosso desenvolvimento pessoal e profissional. O Modelo de Kolb aparece justamente para combater esse problema.
Como seu objetivo é incentivar a ação e colocar o conhecimento em contexto, é possível assimilar fatos de forma mais fácil, inclusive os erros.
A melhor forma desse modelo auxiliar a sua empresa, é estar inserido em um contexto de desenvolvimento pessoal. Afinal, ele é uma forma de medir o desempenho e de ajudar a aprender com os erros. Portanto, para ampliar seus resultados, o ideal é que ele seja aplicado com outras ferramentas, como por exemplo, o Plano de Desenvolvimento Individual – PDI.
No entanto, isso não é uma regra, apenas uma forma de potencializar os resultados de sua empresa, já que um colaborador com perspectivas, autoconhecimento e grande aprendizagem pode ser fator-chave para a operação de sua empresa.
Conclusão
Pessoas são essenciais para qualquer organização. O crescimento pessoal reflete no desenvolvimento empresarial. Nenhum deles deve andar de forma oposta.
Os estilos de Aprendizagem refletem no desenvolvimento interpessoal e por consequência no organizacional. E quando se trata desses estilos, encontrar um que possa ser ponto de gatilho para o crescimento do seu negócio, é a chave do sucesso.
Então, vamos testar o Modelo de Kolb e alavancar o sucesso do seu negócio?
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