Descobrindo se um investimento vale a pena: TMA e TIR
Estimar e avaliar os retornos dos investimentos realizados são atividades fundamentais para qualquer empreendedor ou investidor de sucesso.
Existem vários indicadores de retorno e risco que demostram de forma clara e objetiva qual a melhor opção de investimento. A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) são os mais utilizados no mercado.
Nesse artigo você irá descobrir:
- O que são a TMA e a TIR
- Como calcular os dois indicadores
- Como usá-los para tomada de decisão de investimento
Taxa Mínima de Atratividade
É a taxa que representa o mínimo que um investimento deve render para que seja considerado viável economicamente. Isto é, ela é o mínimo que um investidor ou gestor exige para tomar o risco de um novo investimento.
A TMA também pode representar a taxa máxima a ser aceita em um empréstimo ou financiamento, apesar do seu uso ser mais comum no primeiro caso.
Em uma situação real, a TMA mostra ao gestor se o investimento é economicamente viável para a empresa. Ou seja, é uma ferramenta para a mensuração para auxiliar a gestão dos riscos.
Exemplo:
Suponha que o gestor de uma fábrica que apresenta em seu regime de caixa investimento em Tesouro Selic (4,25%, fevereiro de 2020) deseja saber se deve investir ou não na aquisição de uma nova máquina para produção.
Nesse caso, a Taxa Mínima de Atratividade para o novo investimento é 4,25%, uma vez sem correr riscos ele receberia a mesma rentabilidade em outros investimentos mais conservadores.
Como calcular a Taxa Mínima de Atratividade (TMA)?
Como pode ser percebido no exemplo anterior, não existe uma fórmula pronta para calcular a TMA. O que vários profissionais tomam como base é a taxa básica de juros da economia. Isso faz sentido pois os títulos atrelados à Taxa Selic são os investimentos mais seguros e conservadores.
No entanto, quando se fala em Taxa Mínima de Atratividade é importante ter em mente mais do que a TMA. Você deve lembrar de levar em consideração:
- O custo de Oportunidade (remuneração que seria obtida em outros investimentos não escolhidos)
- A liquidez (capacidade e velocidade para sair de uma posição e assumir outra)
- O risco (risco atrelados à operação)
Taxa Interna de retorno
A Taxa Interna de Retorno (TIR) tem como finalidade comparar o investimento inicial e as despesas futuras de um projeto com o retorno potencial que ele pode trazer. Em termos técnicos, mede o valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo projeto ao longo da sua vida útil. Entenda com mais detalhes a metodologia para o cálculo da TIR.
A TIR é expressa em valores percentuais, gerando uma maior facilidade de interpretação e fazendo com que seja possível calcular uma TIR para cada projeto.
Vale ressaltar que ela mostra apenas o retorno esperado e não leva em consideração os riscos das perdas.
Como calcular Taxa Interna de Rentabilidade(TIR)?
Onde:
- t: Período ocorre o fluxo de caixa (podendo ser em meses, bimestres, semestre ou anos);
- FCt: Fluxo de caixa do período t;
- n: número total de períodos analisados;
- Σ: somatório dos fluxos de todos os períodos.
Uma forma de facilitar o cálculo é usar a fórmula TIR no Microsoft Excel.
Como usar a TIR e a TMA para tomar a decisão de investimento?
Agora que você já apreendeu a calcular as duas taxas é possível fazer comparações entre elas, uma vez que são taxas que se completam. Dessa forma é possível realizar as seguintes análises:
- TIR maior do que a TMA o investimento é atrativo.
- TIR igual à TMA o investimento não seria bom e nem ruim, pois renderia a mesma coisa que uma taxa mínima livre de risco.
- TIR menor do que a TMA o investimento não seria atrativo, pois sua rentabilidade é inferior a um investimento livre de risco.
Calcular e interpretar a relação da TMA com a TIR faz com que você faça as melhores escolhas para a gestão da sua empresa ou tomada de decisão de investimento.
Veja também:
- Financiamento de capital inicial
- Ciclo PDCA para resolver problemas de Gestão
- Indicadores Financeiros
- Capital de Terceiros X Capital Próprio
Texto escrito por João Pedro Silva, Consultor de Projetos da UFMG Consultoria Júnior.
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