Com a chegada de um novo ano, as preocupações com os planejamentos empresariais começam a aparecer.
Início de ano é o momento ideal para organizar seu negócio e é também a época que geralmente ocorrem algumas mudanças que causam impactos nas empresas. Portanto, é a hora de se atualizar, planejar, apurar resultados e traçar novos objetivos e metas.
Além de ser o momento de refazer os planos, é também aquele momento de ajustar as finanças. Para isso, é necessário rever o que foi planejado e atualizar para a realidade atual.
Entra ano e sai ano e a elevada carga tributária incidente sobre pessoas jurídicas, permanece. Por isso, reduzi-la é fundamental para garantir uma lucratividade satisfatória e para organizar as finanças.
É necessário se atentar, pois as empresas devem agir nos ditames legais. E para isso poder ser alcançado, um bom planejamento fiscal precisa ser realizado.
Nesse post, iremos abordar exatamente sobre esse tema e ajudar a organizar as finanças de sua empresa.
O que é planejamento fiscal?
O planejamento fiscal é uma ação conjunta entre as áreas fiscal e tributária de uma empresa que tem como objetivo diminuir custos fiscais de forma lícita, ou seja, respeitando as leis vigentes.
O assunto é mais amplo do que se imagina. É uma ferramenta bastante utilizada para diminuir a quantidade de impostos pagos pela empresa. E não somente com esse fim, ele possibilita elaborar projeções sobre o patrimônio da empresa, verificar quais são as áreas que precisam ser mudadas, ajuda a reduzir os custos, e muito mais.
É através desse planejamento que também é analisada as normas fiscais, garantindo a regularização e prevenindo a empresa contra possíveis penalidades fiscais.
A ideia é utilizar técnicas, previsões e análises para reduzir os impostos da companhia, sempre considerando seus aspectos particulares, como tamanho, ramo, objetivos, entre outros.
O planejamento fiscal anda lado a lado com o planejamento tributário. Enquanto a área fiscal cuida do cumprimento das obrigações tributárias principal – obrigação de pagar o tributo devido – e acessória – ação ou omissão que propicia ou facilita a ação do Fisco, a área tributária é responsável pela estruturação, modelagem, planejamento, consultoria, assessoria e ações administrativas e judiciais.
Todas essas atribuições não são exclusividade de grandes empresas e multinacionais, ou pelo menos não deveriam ser. Todo empreendimento, independente do tamanho, deve cumprir as obrigações fiscais, até mesmo porque é lei e ela precisa ser cumprida.
Com isso, o que muda é que, dependendo da dinâmica ou tamanho dos negócios, o planejamento fiscal seja mais ou menos organizado, mas deve sim ocorrer sempre. É ele quem dá parâmetros para as análises que avaliam o potencial de crescimento, a rentabilidade e lucratividade, as finanças e tem impactos em várias áreas de sua empresa.
Qual a importância desse planejamento?
A gestão fiscal trabalha de forma preventiva a evitar autuações e penalidades. É através das informações geradas no planejamento para a empresa estar sempre em dia com a legislação, além de tá sempre buscando as melhores soluções para a saúde financeira da organização.
Para se ter uma ideia, 85% das empresas brasileiras são micro e pequenas, e 16,32% delas fecham suas portas no seu primeiro ano de atividades, isso mesmo: no primeiro ano. Algumas até aguentam um pouco mais e encerram no período de dois a cinco anos, mas ainda assim, a soma delas não alcança nem 50%, somam 44,95%. E sabe qual é o principal motivo disso ocorrer? A complexidade tributária e a burocracia. Isso representa em torno de 17% das causas de fechamento das empresas.
Portanto, a forma de evitar e se antecipar perante essas situações é através do planejamento fiscal e tributário.
A ferramenta faz mais que deixar a empresa em conformidade com o que o governo exige, ela evita preocupações desnecessárias. O planejamento fiscal é um grande aliado das empresas, no sentido de orientá-las a desembolsar apenas o valor necessário de impostos e ajudá-las a visualizarem melhor sua situação financeira, facilitando até a assertividade na tomada de decisões.
Podemos dizer que:
— Com a gestão dos tributos é possível adotar procedimentos que impeçam a incidência de determinados impostos;
— A análise das regras dos impostos pagos pela empresa poderá revelar possibilidades para redução de algumas taxas;
— Em momentos de escassez de recursos, o planejamento fiscal poderá ajudar a encontrar maneiras de postergar o pagamento dos tributos sem a incidência de multas;
— A prática do planejamento tributário garante que a empresa funcione dentro da legalidade e cumpra os prazos de pagamentos dos impostos, evitando complicações financeiras ou legais e pagamentos de multas, entre outros.
É possível afirmar que o planejamento fiscal organiza e planeja muito bem as finanças de uma organização, já que o maior impacto financeiro de uma organização geralmente estão relacionados aos impostos e folha de pagamento.
Além disso, esse planejamento é fundamental para evitar possíveis penalizações e aumentar sua rentabilidade do negócio, auxilia no crescimento e nas expectativas para o ano, apresentando muito mais valor para os clientes.
4 passos para investir em um planejamento fiscal
- Compare os exercícios: ANTERIORES x ATUAL
O primeiro passo a ser dado no planejamento é rever as contas e resultados de exercícios passados.
Normalmente, é realizada uma análise nos principais relatórios e indicadores financeiros, como DREs, balanços, relatórios de fluxo de caixa de até 5 anos para trás. Esse é o limite de prazo para possíveis solicitações de créditos e também o prazo de expiração da maioria dos documentos contábeis e fiscais.
A partir desses dados e relatórios é feita uma revisão dos impostos apurados e pagos no exercício atual. Assim como a busca por soluções mais imediatas podem ser apontadas É também a partir dessas informações que o planejamento em médio e longo prazo será elaborado.
- Faça benchmarking
A prática do benchmarking vem sendo utilizada com sucesso – há várias décadas – no planejamento estratégico empresarial, com o intuito de melhorar a performance em determinados setores do negócio. I
É uma técnica que pode ser utilizada também em matéria fiscal e tributária. Sua empresa toma como referência casos de sucesso ou até mesmo de fracasso, de outras empresas e marcas a fim de nortear e até mesmo espelhar o planejamento e suas ações.
- Trace metas e um cronograma
Com o levantamento dos dados e os pontos a serem melhorados já identificados, é a hora que o planejamento fiscal deverá traçar os seus objetivos. Pode ser por exemplo uma análise detalhada dos impostos gerados por cada produto oferecido para identificar possíveis aumentos ou verificação de melhores prazos com os fornecedores.
O importante é que, para cada meta, tarefa ou objetivo, seja estipulado um cronograma e faça o acompanhamento da execução do início ao fim.
- Revise os resultados
Sem indicadores de desempenho e um bom acompanhamento, não há planejamento que se sustente. Planejar também significa estabelecer parâmetros de qualidade a serem atingidos. Por isso, no final de cada ciclo de rotinas e atividades previstas para o alcance das metas e objetivos, não se deixe de revisar os resultados e de fazer os ajustes e correções necessárias.
Conclusão
Investir em um bom planejamento fiscal é garantir de forma segura e legal que os recursos utilizados pela empresa estão sendo feitos de forma inteligente.
O sucesso de um planejamento fiscal depende da profundidade do levantamento de dados feito previamente, da experiência dos profissionais envolvidos e das ferramentas utilizadas. Por isso, é importante contar com ajuda de um profissional especializado. Assim, a sua empresa garante que seus impostos e atividades sejam tratados com mais inteligência e precisão.
Comece hoje mesmo o seu planejamento fiscal com um profissional que busque alternativas interessantes e muito mais rentáveis para o negócio.
Uma de suas premissas é procurar o regime tributário que traz as menores tributações e os melhores incentivos fiscais.
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